domenica 11 settembre 2011

Trancoso: Paraíso no Sul da Bahia

Em Trancoso, à sombra graças-a-Deus das barracas de praia ou, à noite, no amplo espaço do Quadrado, franjado de mesinhas iluminadas pelo clarão de velas enfiadas em cabaças, três tipos de gente: nativos, alternativos e turistas. Gente que a terra deu, gente que a terra trouxe, gente que a terra traz e leva, em ondas, feito o mar. O nativo pesca, o alternativo frita e vende, o turista come e paga e... vai. Vai dizer em casa, “esta aqui tirei atrás da igreja de São João Batista”, "esta outra foi na barraca do Jonas”, “fiz questão de tirar essa só da moqueca”. Lembranças. Mas o nativo não tem lembrança: tem memória, e nem sabe que tem. Trança e retranca o cipó na taquara, e vira tocha; corta o tronco, raspa a casca, cava o lenho, e vira canoa; mistura o barro à palha, e vira cimento. Memórias de outros tempos que só as mãos sabem.

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